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Foto do escritorGermana Carsten

Frozen II

Atualizado: 14 de mar. de 2022

TEM SPOILER

Enquanto muitos ainda questionam ou têm dificuldade em compreender as leis básicas do fluxo da vida nas relações humanas a sétima arte faz manobras radicais no skate de suas produções cinematográficas demonstrado que os Roteiristas estão envolvidos, estudando, pesquisando e se inspirando na fonte da Hellinger Sciencia.


Os filmes da Marvel estão surfando em suas narrativas nas Ordens do Amor e os movimentos de desordem que operam conflitos, fracassos e separações, quando não assassinatos, exclusões e abandonos enredando os descendentes de um mesmo sistema familiar nas lealdades invisíveis do “eu por você”!


Muito já se falou na força do segredo num sistema familiar atuando nos destinos dos sucessores narrado pelo filme Frozen II.


O que restou para destacar é algo parecido com os movimentos da nova geração se deslocando na dimensão da alma para o passado na intenção de “SALVAR” o irreparável, o que já aconteceu, que não pode ser alterado para compensar ou expiar a culpa sistêmica.


Como assim “deslocar para o passado”, dirá o neófito da compreensão mais profunda dos princípios da Hellinger Sciencia. Nesta metáfora psíquica não tem forma mais simples de dizer. O entendimento é este mesmo deslocar parte de si mesmo para o passado, sendo que o existir do descendente está no presente bem vivo. Todavia, acontece num tempo espaço da consciência pessoal fragmentada no “aqui e no agora” e no “passado”, onde duas realidades se sobrepõem em si mesmas. Podendo estar no “aqui no agora” com a força de vida congelada, sem a potência, sem vitalidade por estar a “serviço” de algo do passado do ancestral, ancorando em sua alma a dor do ocorrido, com suas vítimas que gemem alto nos ouvidos da alma, clamando por justiça. Neste lugar, o olhar disponível do descendente busca purificar a qualidade do ar respirado no grande “icloud” familiar impulsionado pela justa razão da boa consciência.


O filme deixa claro que mesmo Elza com superpoderes ao tentar acessar o passado num movimento resolutivo do “eu faço” melhor que o próprio avô, a partir dos valores do seu tempo, futuro, congelou antes de alcançar o avô para indagar o por que, no sentindo de julgar, condenar as razões de o Avô ter agido desta ou daquela forma. Neste sentindo compreender numa atitude de acolhimento trás clareza, porém se a tentativa é compreender a partir do lugar de origem do descendente tempo moderno, com realidade completamente diferente, traduz um olhar cobrador daquele que julga, sem ter pisado nas “pedras do sapato do ancestral”, numa atitude de quem recebeu muito da vida e se arvora na soberba de querer ter as respostas de quem veio primeiro e é maior.


Elza congelou, antes de alcançá-lo. Exatamente o que ocorre com nossa alma quando por amor cego desloca-se seu olhar para “salvar” quem veio primeiro, maior que nós, que fizeram o que fizeram, porque somente tinham aqueles recursos para tomarem as decisões que tomaram, mesmo gerando emaranhamentos para os sucessores. Deram o que podiam, porque era o que sabiam.


O Essencial é simples se dá no momento que a irmã Anna no “aqui e agora” percebe com o olhar expandido a oferta da vida por meio da intuição, sintonia e compreensão; tomada de coragem enfrenta o medo, crença limitante, mandato negativo sustentados no pulsar silencioso do segredo inconscientemente percebido, sem ser sabido, que se a barragem fosse destruída a cidade seria inundada.

Anna engendra dizer “SIM” para o inadmissível. Tomada pela força da “Solução”, CONCORDA EM ACOLHER O INADIMISSÍVEL E ATRAVESSÁ-LO, SEM MEDO DO DESCONHECIDO.


O desconhecido trouxe o NOVO ENCANTADOR.

Assim, tudo se desfez e a cidade ganhou um lindo rio UNINDO O QUE ESTAVA SEPARADO! Os dois povos.

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